sábado, 13 de junho de 2015

Velocidade, Capacidade,Força e Habilidade



  Um Rápido Galês, um matador Francês e um goleador nato Português, o que esperar de três craques, que fazem parte de um elenco radiante na equipe do Real Madrid ?
 
   O sucesso do Trio meregue formado por Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo se dá pela junção das qualidades individuais desses atletas que juntos formam o Trio BBC considerado um dos melhores do mundo.




  O  Trio BBC é admirado por muitos, por ser a união de talentos individuais para um sucesso coletivo. A velocidade e a força de contra ataques de Bale e Cristiano Ronaldo somadas à habilidade de finalização do centroavante Benzema, formam as vitórias madridistas. Dois velocistas natos com uma força para criação grande como é o caso de Cristiano e Bale que fazem do futebol apresentado pelos merengues rápido e fatal sendo assegurados pela perfeita finalização de Benzema enchendo os olhos dos amantes do futebol. Mas isso não significa dizer que apenas Benzema faz os gols desse trio.

  Cristiano Ronaldo e Bale são homens de criação que finalizam muito bem para o gol. Sobre o comando dos três eles venceram 3 títulos , o da Copa do Rei da Espanha,com uma vitória na final contra o seu maior rival Barcelona,com um memorável gol de Gareth Bale , conquistaram também a Uefa Champions League com jogos que emocionaram sua torcida, e que tiveram bons resultados fora de casa, e surpreendeu à todos ganhando do Poderoso e na época o atual melhor time do mundo o Bayern de Munichen onde o  jogador Cristiano Ronaldo se tornou na temporada de 14/15 da Uefa Champions League o maior artilheiro de uma mesma edição,tendo 17 gols.  por fim, eles também receberam juntos o titulo do Mundial de Clubes da FIFA.

 O começo do trio foi frio,mas a temporada passada terminou de uma maneira excelente.


JogadorGolsAssistências
Karim Benzema3017
Gareth Bale2717
Cristiano Ronaldo6120
Total11854
  No entanto nessa temporada que já se findou,  o trio BBC não brilhou , por conta da má fase de Bale e de algumas lesões de Benzema,eles não obtiveram  uma boa campanha, o sucesso deste depende do talento individual de ambos, pois assim  que eles formaram  o sucesso coletivo.
Por mais que tenham tantos talentos e a presença do Melhor do Mundo, é necessário um equilíbrio de ambos tanto Bale quanto Benzema devem estar bem para melhor rendimento do Trio e melhores resultados para o Madrid.

Porém, embora os resultados não tenha sido  tão magníficos  como  o da temporada anterior,  o mundo do futebol sabe que a qualidade e o poder de decisão do trio tem:  

- Velocidade,Capacidade,Força e Habilidade.





quinta-feira, 11 de junho de 2015

Diga não à violência no futebol

     Uma triste realidade que acompanha os torcedores dos clubes de futebol é a violência entre as torcidas. Infelizmente não se pode ir ao estadio estando plenamente em paz, principalmente em clássicos ou jogos de grande publico. Sempre há um receio de presenciar ou acabar participando de uma briga, e não somente de torcidas rivais, também de torcidas do mesmo time, como vem acontecendo em grande numero nos últimos tempos.

     Já é bizarro e inaceitável briga entre torcidas rivais, agora, briga entre integrantes da mesma torcida? É algo que não dá pra explicar. Tais briguinhas para tentar mostrar quem é a melhor T.O., muitas vezes esquecendo o verdadeiro motivo de ir ao estadio, que é para apoiar o time do coração, além de cantarem musicas diferentes durante os jogos, tentando se sobressair uma sobre as outras, coisas que acabam estragando o verdadeiro espetáculo que as arquibancadas deveriam proporcionar ao futebol, além de tirar o prazer de muitos torcedores em assistir uma partida do seu time no melhor lugar do mundo. 

     Enquanto houverem pessoas infiltradas de torcedores, que vão ao estadio apenas para arranjar confusões e brigas, o futebol continuará perdendo parte de sua magia. Diga não à violência dentro e fora dos estádios.  

Briga entre torcedores do Atlético-PR e Vasco em 2013

A modernização do Maracanã

        Radinhos de pilha, torcedores folclóricos, “geraldinos” fantasiados. Hoje substituídos por celulares, câmeras e torcedores sentados. A chamada modernização dos estádios não só é uma rasteira nas raízes do nosso futebol, como também tira toda a identidade do brasileiro no modo de torcer. Futebol por aqui deveria sempre ser o “esporte do povo”, isso devia ser maior que qualquer coisa ou interesse, mas o dinheiro falou mais alto.

 Hoje, um pai que queira levar seu filho para o Maracanã gasta pelo menos 100 reais (contando ingresso, estacionamento, consumo, etc), valor que aumenta consideravelmente em jogos decisivos, onde as diretorias aumentam o preço dos ingressos. Acabar com a geral e deixar os preços nessa média foi praticamente uma “limpeza social”, porque exclui os torcedores de baixa renda, que antes podiam acompanhar e apoiar seu time em todos os jogos do mês.

Na parte da segurança, as falhas continuam as mesmas, as brigas entre torcidas organizadas seguem acontecendo e não é aumentando preços e modernizando estádios que isso vai mudar. Essa mudança drástica chama um tipo de público para os estádios que pode até ter dinheiro para pagar ingressos abusivos, mas não vai estar lá quando o time estiver em crise, são os chamados “fãs”, e não torcedores.

O vídeo abaixo mostra o curta-metragem “Geral”, de Anna Azevedo, que retrata um pouco do que foi a famosa Geral do Maracanã, hoje presente apenas em lembranças, infelizmente.


A fatídica temporada do Real Madrid

     O ano de 2015 não foi tão sonhado para o Real Madrid. Embora empolgados no inicio de temporada pela excelente campanha em 2014, recentemente suas conquistas foram, de certa forma, apagadas por conta das derrotas que sofreram esse ano.

(Foto: Reprodução/Facebook)
     O time de Madrid perdeu a chance de ser campeão espanhol, foi eliminado da UEFA Champions League, na qual buscava a conquista da 11° 'orelhuda' e também foi eliminado precocemente da Copa do Rei da Espanha. Após o impacto das seguidas eliminações, o time merengue busca reforços para iniciar a temporada 2015/16 com o pé direito. 

     Com a saída de alguns jogadores e do técnico, o clube visa esquecer a apagada atuação na temporada 14/15. Carlo Ancelotti, foi demitido do cargo de técnico da equipe por não ter tido um bom desempenho, como obteve na temporada passada. Apesar de ter conquistado a tão sonhada ''La Décima', o presidente Florentino Pérez optou pela contratação de um novo treinador, concluindo assim que fosse a melhor opção para o clube. 
     
Presidente do Real Madrid apresentando o
novo técnico Rafa Benítez. (Foto: Reprodução/Facebook)
    Além de traumático para os torcedores, esse foi um ano difícil para os jogadores do Real Madrid, tais como, o atual melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo, o galês Gareth Bale, o francês Benzema e a revelação da Copa do Mundo da FIFA, James Rodriguez. Para o lugar de Carlo, a diretoria do time merengue contratou o técnico Rafa Benítez, e com ele, os torcedores esperam que venham os títulos que não foram conquistados na ultima temporada. 

Caras novas

     Na tarde desta quinta-feira, o Flamengo anunciou a contratação de mais dois reforços para a temporada: o lateral-direito Ayrton e o meia Alan Patrick, que estavam no Palmeiras. Porém, os jogadores não são grandes novidades para a torcida, já que a negociação já era dada como certa desde o início da semana.


     Os dois jogadores serão apresentados pelo Flamengo no CT George Helal após os treinamentos dessa sexta-feira. O contrato é de empréstimo até o final da temporadas.


     Ayrton chega para brigar por posição com o lateral Pará, que vem sendo improvisado na esquerda. Assim, a vaga ficaria entre ele e Luiz Antônio, também improvisado. Já Alan Patrick é uma tentativa do clube em amenizar a carência de um meia criador de jogadas. Porém, a chegada de um camisa 10 não foi descartada pela diretoria.


     Outro reforço que deve chegar no Mais Querido na próxima semana é o atacante Emerson Sheik, que já teve passagem pelo clube em 2009 e atualmente está no Corinthians. Provavelmente, essas três contratações, já devem atuar na oitava rodada do Brasileirão, contra o Atlético-MG, no Maracanã.

O êxito do Trio MSN

(Foto: Reprodução/Facebook)
     Três galos podem viver no mesmo galinheiro? Essa pergunta foi respondida no decorrer da temporada 2014/2015. Poucos imaginaram que Messi, Suarez e Neymar dariam certo no ataque do Barcelona, e não só deram certo juntos, como formam o maior trio de ataque da história da Espanha, com nada mais e nada menos que 122 gols na temporada.

     Antes da contratação de Neymar, Cruyff foi pessimista sobre a ida do brasileiro para o Barcelona, afirmando que duas estrelas não dariam certo jogando no mesmo time, e que uma equipe com Messi não poderia ter outro jogador do mesmo calibre. Um dos maiores ídolos da historia do clube errou e errou feio. Talvez um dos maiores motivos da parceria ter dado certo tenha sido a amizade criada entre eles ter começado a ser notória dentro de campo, além da grandiosidade do futebol, humildade e o respeito mutuo entre os jogadores. 

      Com a chegada de Suarez em outubro - após a punição de quatro meses sem atuar em jogos oficiais devido ao incidente ocorrido durante a Copa do Mundo - o trio contou com a desvantagem do uruguaio ter ficado todo esse período sem disputar partidas oficiais, precisando assim, se adaptar não somente aos companheiros, como também ao ritmo dos jogos. E não teve outra. Assim que o trio colocou o pé no acelerador, não teve quem apertasse o freio. 


(Foto: Reprodução/Twitter)
     Com passes brilhantes e jogadas espetaculares, os três conseguiram transferir seus talentos individuais para o jogo coletivo. O companheirismo criado entre eles, sem um querer ser melhor que o outro, todos jogando para o bem da equipe, com certeza foi um dos maiores motivos para que esse trio tenha dado tão certo. 
     
     Todo o esforço da temporada foi muito bem recompensado com a conquista da Tríplice Coroa - La Liga, Copa do Rei e Champions League. E levando em conta que essa foi a primeira temporada do trio junto, se seguirem por esse caminho, continuarão a ser esse furacão, fazendo estrago por onde passa.  

A seleção que não deu certo

     A seleção brasileira de 2006 é uma das maiores decepções do futebol. Um time repleto de craques em todas as posições, sendo protagonistas em seus times europeus e jogando o fino da bola. Até 2005 a seleção jogava por musica, batia os adversários, facilmente derrotou a Argentina, sua maior rival, na final da copa das confederações com um chocolate (4x1) com direito a olé e show da canarinho. Porém o que se viu em 2006 fui um time descompromissado na fase de treinamento na Suíça. Já se percebia que a seleção pensava mais em festa do que nos jogos, um certo clima de "já ganhou" tomou conta dos jogadores e não era bem assim. Na fase de grupos, passou com 3 vitorias, porém nenhuma delas convincentes. Ganhou da fraca Croácia por 1x0, no sufoco e 2x0 da Austrália com gol impedido do Adriano Imperador. A única partida em que a seleção jogou bem foi o terceiro, contra o Japão do técnico Zico, com os jogadores reservas, o que mostrava que os titulares não estavam muito concentrados na competição.

     Nas oitavas de final, pela primeira vez naquela Copa, a seleção demostrou um bom futebol. Um pouco distante do habitual, porém suficiente para bater Gana por 3x0, o que fez a empolgação voltar para o restante da Copa. O próximo adversário foi a subestimada seleção francesa, que tinha seu craque Zidane, o carrasco da Copa de 98, prestes a se aposentar e Henry vivendo um pós-auge do Arsenal. Porém o que se viu foi um furacão de bola da França, a seleção brasileira não viu a cor da bola e Zidane desfilou pelo gramado. França bateu o Brasil por 1x0 muito merecido, um placar até pequeno pelo pouco futebol que o Brasil havia apresentado. A seleção saía da Copa de cabeça baixa sendo humilhada por Zidane e cia.

     Para essa geração, a seleção de 2006 foi como a de 82 para os mais antigos, uma seleção cheia de craques no auge que prometia dar show na Copa e ganhar fácil porém não jogou nem metade do que sabia e foi tristemente eliminada.  



Guerrero no Flamengo

                               


     A contratação de Paolo Guerrero pelo Flamengo não parece tão impactante como ela é. Analisando o caso, o time da Gávea não só contratou um excelente jogador, como tirou o melhor jogador do time que até então era o mais poderoso, economicamente, no Brasil.

     Essa contratação é como uma declaração de alivio dizendo que "passamos 3 anos pagando contas e agora chegou a hora de investir na equipe". Além da parte técnica também, é uma ótima oportunidade para usar o marketing de uma contratação que tem tudo para dar certo.

     E a diretoria promete não parar por ai. Talvez pinte no ninho do urubu um camisa 10 de respeito. Além de declararem estar montando um time classe A pra 2016. Ainda estamos em 2015, então pelo que parece, os rubro-negros tem motivos de sobra para ficarem ansiosos e esperançosos.

A nova saga de Eurico Miranda no Vasco

     O Vasco não conquistava um Carioca desde 2003, e apesar do campeonato estar cada vez mais fraco e desprestigiado, a lacuna era grande e a torcida já estava insatisfeita em ver só os rivais levantando as taças do torneio. A administração de Dinamite foi desastrosa, seja pela falta de experiência ou pelas dívidas enormes deixadas pela gestão anterior do próprio Eurico, o motivo agora pouco importa.

     Eurico retorna ao Vasco numa situação de caos, sendo lembrado pelos otimistas como o homem presente nas maiores conquistas do clube, prometendo mudar o panorama com uma política de corte de gastos e um teto salarial de 150 mil reais. Monta um bom time para os parâmetros do Campeonato Carioca e conquista o título, numa final contra o Botafogo, rival que costumava ser uma pedra no sapato em finais. A torcida comemora bastante e é criado por Eurico o slogan “O respeito voltou.” em alusão a um novo tempo de glórias que devia chegar.

Slogan da nova gestão de Eurico, que ficou famoso após uma declaração do Presidente. (Foto: Reprodução/Facebook)
Devia. Mas não veio, pois Eurico demonstra os mesmos sinais de soberba do passado, não reforçando o time pois, segundo ele, era um elenco pronto para brigar pelo título do Brasileiro, tendo inclusive repreendido publicamente Dagoberto, que disse que o clube não buscava o título nessa temporada. É cedo para julgar o desempenho do Vasco no Brasileiro, mas as previsões assustam. Marcinho saindo pela porta dos fundos, depois de ser ameaçado pela torcida devido a suas fracas atuações, Bernardo em constantes crises, a mais recente foi chamar torcedores pra briga pela internet e ser acusado pela ex-namorada de agressão, tendo fotos suas ameaçando se matar caso ela não reatasse o namoro vazadas para o público.
 A pressão da torcida é enorme e, apesar da proposta do teto salarial ser boa, de nada vale se for mal distribuída (O clube gasta muito com jogadores de nome e salário no teto que não estão sendo aproveitados, como Sandro Silva e Nei), o salário de muitos jogadores medianos e em má fase, juntos, abririam espaço para a contratação de um grande jogador que resolvesse os problemas encontrados em campo.
Não é justo culpar somente Eurico, pois muitos desses atletas tiveram seus contratos feitos na época da gestão de Roberto Dinamite, mas essa era uma situação que poderia começar a ser resolvida já na época do Carioca, para que os resultados se refletissem no Brasileiro, competição realmente importante do ano para o Vasco. Ainda dá tempo, reafirmo que é cedo, mas mudar uma crise do dia pra noite com um campeonato em andamento já se mostrou uma tarefa difícil para o cruzmaltino, que amargou 2 rebaixamentos em menos de 10 anos.

A renovação do Futebol Brasileiro e da Seleção

Necessária para a manutenção do Brasil no topo das conquistas, vem sendo feita de forma errada há um bom tempo e isso começa a aparecer agora. Essa seleção que passou o maior vexame da história em 2014 e não consegue empolgar em 2015 é o reflexo disso, dependemos de uma grande atuação de Neymar em todos os jogos ou o conjunto do time não rende.

Nomes como Phillipe Coutinho, em excelente fase na Europa jogando pelo Liverpool, e Danilo, recém contratado do Real Madrid, empolgam nesse processo de reciclagem, mas ainda é pouco para a  montagem de um Brasil como o que ficamos acostumados a ver. O trabalho nas categorias de base do Brasil é precário porque visa conquistar títulos e não formar jogadores, que chegam ao profissional muita das vezes com algum fundamento muito pouco desenvolvido, é comum ver jogadores cada vez mais velozes mas fracos nos chutes e passes. O trabalho por aqui também começa tarde, segundo Alexandre Gallo (coordenador das categorias de base da Seleção), 14 de seus jogadores nunca tinham disputado um torneio internacional até o sul-americano sub-15 de 2013.

Em outros centros como a Alemanha e os Estados Unidos, esses jogadores já começam a disputar torneios e a vivenciar o que passa um jogador de futebol com 8, 9 anos, no Brasil ainda são feitas poucas convocações anuais, deixando o desenvolvimento do jogador nas costas de seu clube, onde muitas vezes o trabalho deixa a desejar. Usar nosso maior algoz, que nos fez amargar a nossa maior derrota da história em pleno território brasileiro e numa Copa do Mundo, não é vergonha porque os alemães tem uma estrutura fantástica quando se trata de moldar jogadores, prova disso são Reus, Götze, Toni Kroos e Muller (todos nascidos entre 89 e 92) se encontrando com os já mais experientes e rodados Lahm (83), Podolski (85) e Schweinsteiger (84) na seleção e formando um time espetacular, campeão do mundo merecidamente em 2014. Todos eles jogando juntos várias vezes desde as seleções de base, montados num mesmo estilo de trabalho e filosofia, que visa fortalecer os fundamentos básicos do jogo e o entendimento das táticas usadas e suas funções no campo.

A fórmula para o Brasil voltar a ser a camisa “mais pesada” do futebol mundial não é difícil, o complicado é nossos dirigentes compreenderem que seria até mais rentável pra eles, que parecem só pensar na parte financeira, montar um grande jogador, subi-lo para o profissional, conquistar títulos com ele e vender por um preço de craque do que vender “projetos” de bom jogador por um preço ínfimo para aliviar as finanças. Acaba sendo um tiro no pé e mais uma demonstração do amadorismo na administração do futebol brasileiro, esperamos, pela saúde do nosso futebol, que esse cenário não demore a mudar.

Será que é apenas futebol?

     Quantas vezes ouvimos pessoas que não se interessam sobre o esporte falando "é apenas futebol"? Isso é algo constante, e de certa forma dolorosa, na vida de quem acompanha diariamente jogos e noticias sobre o tão amado e fascinante futebol. 

     Agora imagine um medico salvando uma vida e ouvindo "é apenas um medico", seria uma desvalorização da sua profissão. Mas tudo bem, talvez futebol não se compare a ser um medico e salvar vidas, talvez seja apenas vinte homens correndo atrás de uma bola tentando passa-la pelas traves e dois goleiros tentando impedir, mas só talvez. 

     
     Futebol é algo que vai além das quatro linhas, é um sentimento que mexe com a vida dos apaixonados, que pode melhorar ou piorar o humor e interferir em suas vidas de todas as formas possíveis e impossível. Poderia falar apenas sobre como os jogos influenciam nos dias e nas vidas de quem o assiste, mas futebol vai muito além disso. Quem nunca ouviu falar que "Pelé parou uma guerra"? Pois é, em 1969 o Santos FC parou uma guerra civil na Nigéria, jogando na cidade de Benin, que só recomeçou quando o time subiu a bordo do avião de volta ao Congo. Realmente "é só futebol"?

     E o futebol não é importante apenas "parando guerras". Uma das maiores rivalidades do futebol nasceu por causa da politica. Real Madrid e Barcelona, um time espanhol e um time catalão, um time protegido por seu general para aumentar seu poder e um time perseguido por defender a identidade de um povo oprimido. Como queridinho de Francisco Franco, o Real Madrid passou a ter a "ajuda" do governo, enquanto o Barcelona foi alvo do "ódio" do general por ser rival e simbolo da Catalunha.


     Após a Guerra Civil Espanhola, Francisco Franco proibiu toda e qualquer manifestação cultural, como também a língua catalã. Logo, durante esse período, um dos poucos lugares onde se podia falar catalão era no estadio do Barcelona, o que associou ainda mais o Barça com a Catalunha e a identidade do país com o clube. Além ter adotado o lema "més que un club", mostrando que o Barcelona é mais que um clube. E esse simbolo continua até os dias de hoje. Nos jogos em casa, a torcida catalão canta por independência aos 17 minutos e 14 segundos das duas etapas. E "apenas o futebol" do Barça tem um impacto monstruoso sobre a economia da Catalunha, onde dizem que o Barcelona é o único caso onde não é a "cidade que tem um clube" e sim "um clube que tem uma cidade".


     Nunca "é apenas futebol". Nunca entenderão as horas que dedicamos para isso, as alegrias imensuráveis, as tristezas profundas, a razão para os piores e melhores dias de nossas vidas. E quem diz "é só futebol" simplesmente não entende.